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Monday, May 4, 2015

O meu primeiro dia da mãe

Ontem, em Portugal, celebrou-se o 'dia da mãe'. 
Como todo o bom emigrante, estamos a par destas datas importantes e assinalamo-las com a devida consideração, beneficiando assim duma dupla celebração - ou como no nosso caso, duma tripla celebração. Assim o dia da mãe assinala-se também a 10 (França) e a 30 (Singapura) de Maio. Mas este, é outro assunto.
O dia da mãe para mim este ano teve uma nova dimensão, sendo que já não sou "só" filha e passei a ser mãe também, com tudo o que isso acarreta de amor incondicional e de maravilhamento constante. Mas este dia traz também luz a 36 anos de vida e vida a um sonho tido e desistido. Este dia representa tudo o que sou e que pensava a sempre perdido. 
Eu, hoje, não celebrei só o dia da mãe. Eu, hoje, celebrei o dia da vida; o dia em que os sonhos se realizam e vencem as promessas de dias bons, em que os percalços da vida são vencidos e as provas superadas são esquecidas. 
Hoje, celebro-te a ti, peanut, a razão do meu ser.
Obrigada zowjee por teres visto em mim os sonhos e afugentado as sombras. 

Friday, July 18, 2014

shame on you

Today I am ashamed of being a citizen of this world… a world where people kill each other for ego boosts and retaliation, stupidity and barbarism… whether you are russian or ukrainian, israeli or palestinian, you all deserve to be judged in a court of law by the real owners of the land you so much want, us, the only ones who deserve to be called humans; Judged for your crimes against Humanity! You killed innocent civilians and children for your eagerness of power and superiority. You are absolutely blind and fail to see you are nothing but worthless barbarians! You don’t need to have actually pulled the trigger to be guilty. You were guilty from the moment you engaged in this spiral of hate and terror.

Today I am so ashamed of being a citizen of this world.

Tuesday, May 27, 2014

a primeira vez

A vida é feita de primeiras vezes. Algumas marcam-nos mais que outras. Algumas fazem parte de nós.

O primeiro sopro. O primeiro passo. O primeiro sorriso.

Não me lembro do meu primeiro merci, nem do meu primeiro obrigada, mas lembro-me do meu primeiro shukran e do meu primeiro sie sie e do sorriso que os seguiu e do que eu senti. Mas nada se compara à emoção que me preencheu o meu primeiro de nada em língua gestual. Um pouco tímida e muito desajeitada, nunca valorizei tanto a minha paixão pela comunicação, nem nunca falar fez tanto sentido. 

Tuesday, April 15, 2014

um pouco mais devagar

Sempre fui assim: duma coisita pequeninita faço uma história de todo o tamanho com tese, antítese e síntese; e isso independentemente da informação inicial ser boa ou ser má, eu entusiasmo-me sempre. 
Por exemplo, se oiço que o tempo vai estar bom no fim-de-semana, estou, passados 3 minutos, na net, a reservar hotel, restaurante, bilhete d’aviao,... enfim... tudo no mais minimal dos promenores. Mesma coisa se venho a receber uma informação menos boa, começo a depressão naquele preciso momento. 

E é verdade que, por vezes, este entusiasmo todo leva a uma decepção tão dolorosa como foi a sua antecipação; penso a 100 a hora e reajo a 105. Ainda assim, gosto de viver todos os momentos com a minha, muito pessoal, intensidade. 

Mas hoje, vou respirar fundo. Três vezes. E ter paciência. 
Mas só hoje! 

non. non. non. politicomania in grocery store part II

Me revoilà à politiquer tout autour de moi.
Parfois je m’interroge : est-ce normal ? y a-t-il d’autres  bizarroïdes comme moi ?
A Dubai, je m’interrogeais sur les fruits et légumes et leur provenance (Cf. post de 2012: politicomania-in-grocery-store). Ici, à Singapour, je vois le Front National partout, boissons, produits laitiers,… je me demande bien quel ingénieux marketeer est l’auteur de ce chef d’œuvre !
Quant à moi, je dis NON au FN, NON au Front National, idéologie à 2 balles ou jus de fruit.
Je me rends bien compte que je « pousse le bouchon un peu loin (Maurice) » mais, je suis comme ça (et je ne le regrette pas ;).

Et pendant qu’on est à parler de marketing bien fait, je vous suggère un choco-suisse !





Tuesday, April 8, 2014

Speak Up!

As a child, I was so shy, I could easily hear all the adults’ conversations around me without anyone even noticing me. Later, a teenager, I could hardly make friends so afraid that I was of even opening my mouth to say something silly and shame myself. As a young woman, I so awkwardly spoke; I wasn’t always with the right crowd.
But I always had to “speak” my mind, so I wrote, on a diary, at the beginning until my mom found it and (wait for it) judged me and punished me for my private thoughts. This was the end of it! Lucky for me, my father bought me a computer, I was barely 10, but it was what saved me: slowly but surely, I learned how to write my thoughts and save them on a disk protected with a password. Necessity is the mother of inventions right?!
A few months ago, I found my old “thoughts” and it was (sadly) weird to find out that, sometimes, there is still a little and scared girl in me.
Time passing by, I started to build some kind of personae and I started this blog but until a few days ago, I would never openly speak about it or even mention it. For a whole year, it was mine and mine only, and slowly I started to share a few of my things with a couple of friends of mine. But now, I think I am ready, today, I go “public”.

I understand all about the shyness and fright of speaking up, and appreciate your kind words which mean so much to me; which is why I adjusted my posts so anyone can just bullet rank them until you’re up to, publicly, speak up too! 

Monday, April 7, 2014

Thank you!Obrigada! Merci!





It seems I will have to learn how to say Thank you in many other languages.


It makes my day when I see how many of view read me, so really Thank you.







Sunday, April 6, 2014

lazy sunday






Há dias em que precisamos que o tempo pare para simplesmente aproveitar o momento.
Hoje foi um desses dias, um dia lindo de agradável e irrepreensível perguiça, e soube tão bem. 



Friday, March 21, 2014

aventuras pelo mundo ou o que mulher sofre

Desde pequena que me adjectivei de cidadã do mundo, filha de imigrantes Portugueses em França, nunca bem nem uma coisa nem outra e que se criou a Comunidade Económica Europeia e mais tarde a União Europeia aí, comecei a designar-me de Europeia. Acho que foi por isso também que nunca gostei muito de rótulos e etiquetas. Jovem adulta fui para Portugal, instalar-me e fazer vida, mais tarde vivi uma experiência incrível de dois anos e meio no Dubai, e agora, estou a começar uma nova aventura em Singapura. Achei que poderia ser interessante descrever a minha experiência por cá, comparando-a com às minhas experiências anteriores de França, Portugal e Dubai e assim se calhar ter um verdadeiro retrato do que são verdadeiramente, as tais diferenças culturais, através das minhas vivências, através das vivências duma cidadã do mundo.
http://voilacacestfait.blogspirit.com/
archive/2008/07/02/epilation.html
Escolhi o dia de ontem, se bem que não foi escolhido aleatoriamente, é claro, para pôr à prova um dos primeiros passos da integração cultural, pelo menos para mim, a mais assustadora: a procura duma esteticista. Assim, este primeiro relato comparativo será da experiência duma cidadã do mundo, ou, a escolha de tortura da mulher de ocidente para oriente.
Primeiro passo, o momento.
Como referi, o momento de eleição para me submeter à tortura é facilmente definido: o mais tarde possível! Assim, nos primeiros dias que seguem a chegada ao pais, não penso muito nisso, todos os meus sentidos e toda eu maravilhados som um mundo novo, um mundo diferente: pessoas, paisagens, comidas, cheiros e cores. Mais tarde quando aparecem os primeiros pêlos, o pânico instaura-se e discretamente, começo a olhar para as mulheres com um olhar mais analítico. Não sei bem o que procuro identificar, se calhar marcas de sofrimento ou a falta delas; seguramente a falta delas, para me apaziguar a angustia que já imagino. Quando chega o dia em que “daqui já não passa”, lá vou eu, à procura dum carrasco.
O segundo passo, o carrasco.
Com tanto stress que crio, a procura do local da temida epilação torna-se muito importante, assim defini rapidamente uns elementos-chave: segurança e higiene. É que vamos lá ver, a maca duma esteticista é um sitio de total vulnerabilidade, em que confiamos na pessoa que nos atende, assim como nos seus instrumentos, para nos proteger com toda a delicadeza, sabedoria e profissionalismo possível, do inexorável avanço duma florestação simplesmente inaceitável; e mais uns quantos adjectivos que nem sequer valem a pena ser enunciados.
Este passo, quando somos adolescentes ou jovens adultas, não é assim muito difícil porque há sempre uma mãe, uma irmã ou uma amiga para nos recomendar a sua esteticista, que nos trata bem, não magoa, e respeita a nossa intimidade. E olhem meninas do mundo que, esta é uma recomendação muito valiosa! Nunca a desdenhem. Nunca.
Ora, tal, não acontece, quando metemos na cabeça que queremos ver o mundo e viver experiências extraordinárias, porque quando chegamos a esses destinos fabulosos, não temos, a mãe, a irmã, nem a amiga que nos dê essa preciosa recomendação; temos de confiar apenas na sorte, e a sorte, nem sempre aparece à hora marcada; mas entre a necessidade e a fé, lá fui eu, a procura da pérola. Dirijo-me sempre primeiro a um centro comercial, parece que dá uma espécie de aval, o facto de ser um sítio público, com muita passagem... e que, caso a coisa não corra pelo melhor, alguém, de passagem, ouvirá os meus pedidos de socorro. Está assim assegurada, tanto quanto possível, a parta da segurança, mas a parte da higiene, não é tão simplesmente avaliada.
O terceiro passo, o teste.
Acho que não existem segredos sobre como testar um serviço, eu opto por, inicialmente, pedir um serviço de baixo risco, algo simples e como tal, vamos arranjar as sobrancelhas. Primeira diferença cultural. Em França, fazem-se sobrancelhas, em Portugal, arranjam-se sobrancelhas, no Dubai e em Singapura, limpamos ou afeiçoamos as sobrancelhas. Mas isto tudo é semântica! O que interessa, é o serviço, que seja bem feito, bonitinho, limpinho e baratinho. Mas lá está! Quando se passam fronteiras, também muda a técnica: em França, é com cera, rápido, sem um sorriso, e uma factura bastante salgada. Em Portugal, ainda se consegue encontrar quem faça à pinça mas isso já é quase considerado artesanato porque demora mais tempo e que como todos sabemos: tempo é dinheiro; no entanto, é muito melhor, pois, a cera irrita a pele muito sensível nessa zona e tendencialmente, a pele perderá da sua tonicidade.
Quando cheguei ao Dubai, mandaram-me deitar na maca, até aí, nada de anormal. Eu habitualmente começo aí os meus exercícios de respiração para tentar relaxar ao máximo e conseguir superar a prova (Ok, isto não se aplica tanto aqui, quando se vai tratar das sobrancelhas, mas quando o serviço é mais complicado, então aí, sim.) Mas voltando... Lá estou eu, deitadinha na maca e vejo a senhora chegar ao pé de mim com um rolo de fio de costura na mão, segurando uma das pontas entre os lábios e dizendo-me entre dentes para “segurar o olho”. “Sorry, come again.” O quê que ela quer? Então a senhora, com pouca paciência e tal, sorri, pega nos meus dedinhos e posiciona-os na minha cara de forma a esticar a pele da zona que ela vai tratar e se calhar proteger o olho do ataque que se prepara. Esse método, é mais doloroso, é certo, mas também mais higiénico e se bem feito, até tem efeito mais duradouro; quanto ao custo, tendo em conta o custo elevadíssimo dos materiais e dos recursos, o preço é o dobro do que se pratica em Portugal, é claro, Dubai é Dubai.
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Mas o verdadeiro trauma surgiu a minha introdução ao método Singapurense, quando a senhora se chega a mim com uma lâmina de barbear. Isso! O choque! Hoje repenso nisso e até imagino um olhar maquiavélico na senhora, típico dos manga, olhos vermelhos e fumo a sair. Confirmo; um trauma. Na verdade, a lâmina era pequenina e até cor-de-rosa (faz-me parecer que as Singapurenses pensam que tudo fica melhor se for cor-de-rosa). O trabalho foi minucioso, sem dúvida. E ainda tenho os meus olhos, é verdade. Mas pareceu-me tão arcáico até bárbaro que entrei em choque e não consegui pensar em mais nada nas horas seguintes como se tivesse sido maltratada. No entanto, ficou bem feito e não senti dor física; mas não garanto da longevidade do resultado, como é óbvio, quanto ao preço, três vezes mais caro do que em Portugal.
Por último, a lição.
A experiência foi concluída com sucesso: as sobrancelhas foram feitas, arranjadas ou afeiçoadas. E conclui-se que a minha pesquisa da esteticista ideal em Singapura não acabou, mas também não estou admirada: tal como referi, encontrar uma esteticista com quem nos sentimos bem é importante, em França nunca encontrei nenhuma, em Portugal tive duas, no Dubai, demorou mas consegui, então Singapura continua a não me assustar porque ei de arranjar o carrasco certo!
Ainda sobre diferenças culturais, gosto de ter esta sorte de poder viver estas experiências à maneira duma local e verificar como se é mulher por esse mundo fora. Tenho o privilégio de conhecer mulheres do mundo, todas diferentes na sua língua, na sua crença, na sua postura, na sua profissão, mas toda igual, quando chega a hora de se aperaltar, porque por muito natural que seja a mulher, quando o momento é certo, haverá sempre uma flor no cabelo, uma cor nos lábios ou até um brilho nos olhos.

Friday, March 14, 2014

a picture like scene

Add-on to my wish-list
I was just walking on the surroundings of my new home, in this beautiful park. It was so pleasant to pass by people on their bikes, others running and some, like me, just walking and enjoying the agreeable end of afternoon. I was walking and enjoying myself, thinking of my home town and how that park remembered me of it and how it was going to be wonderful to live just here when I just saw the most amazing picture like scene: a man in his thirties was running slowly, as much as needed for his young daughter, maybe 6 years old, to accompany him, while they were reciting the alphabet. This was such a nice image, father and daughter sharing what I call a very high quality time. I kept walking, smiling at them and them at me just thinking how dreamy their life was to me and then I realized that the picture wasn’t complete though as the little girl’s pregnant mommy was on their track, just a little behind them, gingerly walking.
I am now only thinking of it, but this scene keeps making me smile and feel the nicest warmth in me.

This is how life should be!

Friday, January 24, 2014

my-20-years-ago-self seen by my-today-self

A few days ago, I stumbled on a few texts I wrote a lifetime ago, and they made me think about me: who I was and who I am and the way I see my-20 years ago-self, and it is quite amazing what I read between the lines of the below text.


Nous étions à l'heure.
(Texte écrit en 1996.)
Il était très tôt le matin, il faisait encore noir. Il pleuvait, de cette pluie fine qui est si dangereuse. Nous roulions depuis des heures. Tous les mystérieux accidents qui surviennent en Espagne nous effraient tant que nous préférons la traverser la nuit. Nous avions fait ce voyage tant de fois, que nous en connaissons presque chaque virage.

Toutes ces années, sur cette même route, nous avions vu tellement d'horreur, de malheur, de pleurs. Dans ce cadre déplorable, quelque chose d'inattendu survient chaque fois. Dans notre monde  guerre et peur sont notre lot quotidien, ou cris d'horreur et pleurs font tous les jours la Une des journaux, survient quelque chose que nous ne pouvons presque pas imaginer car nous vivons dans un monde  l'humanité n'est plus à la mode et où compatir n'est pas toujours bien vu. Aujourd'hui ce sont des expressions comme “œil pour œil, dent pour dent”, “chacun pour soi et Dieu pour tous”  “chacun sa merde” qui sont plus connues et que l'on entend a chaque coin de rue. Mais parfois, à certaines occasions, on se rend compte que l'homme est humain, que l'homme est homme et qu'il se rend digne d'habiter notre planète.
Ce moment dont je parle, c'est le moment ou l'on agit spontanément, humainement, car nous sommes tous frères d'une même mère, notre Planète, la Terre.
Ce jour-, j'ai eu l'honneur d'assister à un tel événement où l'homme agit fraternellement, responsablement. Je parle ici de solidarité.
Nous faisons le virage à droite. Nous roulons prudemment car le temps est dangereux et ne nous permet pas de dépasser les cinquante kilomètres-heure. Juste après un autre virage à gauche, puis à droite, et , nous freinons vite. Vite. Avec cette pluie, la voiture glisse. Mon père, qui conduisait la voiture, commence à zigzaguer pour ne pas frapper la voiture qui nous précède. La voiture stoppe. Nous l'avons échappé belle. Mais que se passe-t-il? Pourquoi ce bouchon? Pourquoi toutes ces voitures sont-elles arrêtées? Qu'est-il arrivé? Tout a coup, je vois mon père sortir de la voiture sous la pluie de plus en plus violente. Tout a coup, je le vois agiter les bras pour prévenir les voitures qui nous suivent qu'elles doivent s'arrêter, vite, avant que tout ne s'aggrave. Je ne comprenais pas ce qui se passait. Je questionnais ma mère. Mais la seule réponse qu'elle me donne est de rester dans la voiture bien sagement et de faire bien attention à ma sœur, qu'elle reviendrait vite. Je sortis de ma confusion par les cris des gens qui accouraient, ils arrivaient tous de derrière moi. Mon esprit commençait à s'éclaircir, je commençais à voir ce qui se passait sous un autre angle, je commençais à comprendre: une formidable organisation se mettait en place très rapidement et presque professionnellement.
Il est étrange de parler de cette façon- d'un accident; nous étions face à l'horreur. Et les gens ont réagi et agissent. Sur le moment, on est sous le choc, on ne pense qu'au malheur, mais ensuite on pense aux sauveurs.
Ce qui s'était passé n'était la faute d'aucun humain, mais celle de mère nature: une famille qui partait en vacances et qui en resterait marquée toute sa vie. La voiture tractait une caravane, et sur cette même voiture, il y avait une galerie. La pluie fine si dangereuse avait fait glisser le véhicule. L'une des roues arrière était dans le ravin, la voiture tenait en équilibre, on ne sait par quel miracle. La caravane était sur le toit en travers de la route et bloquait la circulation. Quant à la galerie, elle s'était détachée et avait frappe la falaise qui bordait l'autre côté de la chaussée.
Les gens qui n'avaient pas été impliques dans l'accident s'étaient divise les taches: quelques personnes s'occupaient des passagers du véhicule, deux hommes armes de leurs extincteurs de voiture tentaient d'éteindre le feu au niveau du moteur, une famille en voiture partit appeler les secours, et les autres personnes réglaient la circulation rendue difficile par l'accident, ils faisaient passe tour à tour les voitures qui descendaient la falaise puis celles qui remontaient, afin d'éviter d'autres accidents. Et tout ceci sous la pluie battante.
Les secours sont finalement arrivés. Les pompiers commençaient à découper le véhicule afin d'en sortir le conducteur dont les jambes avaient été broyées par le moteur dans la collision de la voiture avec la falaise. Les enfants étaient blottis dans les bras de leur mère, tous trois entoures des ambulanciers qui constataient les blessures légères. Et la grand-mère qui, secouée par le choc, continuait d'appeler le chat qui s'était enfui.
La caravane avait été dégagée. Les débris de la voiture et la galerie avaient été remorques jusqu'à une casse et toute la famille était à l'hôpital. Et moi, petite fille de huit ans, je regardais le film qui se déroulait devant moi et je pleurais. Aujourd'hui, dix ans après, je pense au malheur qu'a vécu cette famille et a la solidarité de leurs sauveurs.

My first thought is that, still, today, I remember that accident in a very similar way.
Obviously, the wording could be different and improved, but I quite still agree with the big picture here.
I remember I was very proud of myself the day I wrote it and it was the first (and I dare say only) text I had my parents and peers read, and if it's in this post today, it might very be because I still fell a tad of this pride "looking" at my-20-years-ago-self.
About the text itself, I still think it is quite accurate and I think of what made me write it: I imagined my parents deserved to be remembered as heroes of that day, because through my 8-years-old-eyes, this is exactly what they were, and maybe that's why the picture was so well ink-printed in my mind, that feeling of pride that filled my heart up.
Today, I still think of that day as the day I really saw my parents. I also believe that in some way, this led me in the path that is my life to be the person I am, and maybe even, led me to be a volunteer EMT-Firefighter.

This text is 18 years old and still makes me think.

Thursday, January 23, 2014

just how good does it feel...

How good does it feel when you enter a place full with lots of dear friends?

A few days ago, I went to a special event and I experienced this very special feeling of entering into a room filled with people I love. 

It was a very special event indeed, don't get me wrong, but what I will cherish is first and foremost the ambiance of gathering, friendship, love and purpose, all the things that make me be so grateful for having such dear dear friends. Of course, none of it was meant for me, but in the end, that didn't really matter; what matters is what each and everyone of us makes of the opportunities that are given to us, and that's just what I did: I did the most of an opportunity given to me and enjoyed as much the event as I enjoyed being with these special friends of mine, the kind of friends who welcome you with a true warm hug, the kind of friend and the kind of hug that makes us feel whole.

There are no words to really describe any of it, so it's just a matter of enjoying the ride.
It's amazing how it just feels nice. Just so very nice.

So, cheers to friendship! Old. New. Intense. Joyful. 

Sunday, October 27, 2013

sold outs?




... we spend our lives dreaming of the perfect other-half, of the perfect house, kids and home. We picture ourselves having the perfect job and the perfect life. But because the world turned crazy, everywhere we see to sell, to rent, to let and people are forced to sell their homes, their lives. What are we really selling? What are we really letting go? Our hopes. Our dreams. Ourselves.


compartimentalizing. new beginnings.




I think I always needed yo have the things in my life arranged in little drawers  like it helps me see clearer in myself and this is why I have started a new blog only dedicated to the things I deliver on a plate. Well, we'll see about that.

time is gearing


... and then a time comes when you realize life has passed and moments were lost and people aren't just as they used to be, just as you are no longer the same anymore and at this moment, you feel this tiny bit of sadness that makes you rethink every little choice that you once made that ended taking you where you stand right now. What about these moments? Should we validate them or should we just make the best of what is here now?

Wednesday, October 23, 2013

apple compote

A friend of mine had these beautiful apples in her yard and just didn't know what to do with them all. I just thought, there are so many things we can do with beautiful, organic apples, so here is me sharing my first idea: apple compote.
So here is what I did:
I just put in a pan a glass of water and added about 2 kilos of beautiful apples, cleaned of both seeds and skin, cut in cubes.
Then, I tossed 3 table spoons of sugar, 2 tea spoons of cinnamon and 2 tea spoons of vanilla flavor into the pan.
The pan should be covered and from time to time, a gentle swirl will allow you to smell if the balance of flavors is at your taste.
It shouldn't need more than 30 minutes to be ready, and as I enjoy my compote quite smooth, I just mixed it all until the texture was just on the spot.
Needless to say, this is just yummee. Thank you A.


Tips: 
I used 2 different kind so we could taste different textures and smoothness's and I was very nice, you should try. Also, if you have a handful or two of sultanas, I reckon you could just put them in the pan just after the compote is mixed; I would recommend to leave the pan covered a few minutes before splitting it into ramekins so all the sultanas' flavors are released. 

Have it your way, and enjoy!

treasure hunt

It had been raining for at least 10 hours straight, but I had it in my mind for a few days so I could only go forward. I put my sneakers on, I grab my gps and this is it!: let's rock and roll! Heading for an adventure. Heading for a treasure hunt.
It was so funny, so liberating to just go to the beach and slowly look in every small hole in every single rock. Everything was wet. Everything was slippery. But luckily, the sky was blue and made everything just perfect. 
Honestly, it wasn't such a big challenge. It was more a little game than anything else, but it felts so nice. And as you look at your gps and follow the directions you may just realize that it is no longer just a little game, a little treasure hunt, you may just be looking for something else, you may even be looking for these small pieces inside of yourself, these small pieces that you thought were lost. And then the blue sky is no longer just a simple blue sky, it is a whole new breath of fresh air that made everything light and peaceful again.
Today was a good day.

Wednesday, March 6, 2013

pedacinhos


Momentos meus
Os vossos sorrisos
Os vossos olhares
As vossas lagrimas
Os vossos abraços
Momentos meus feitos de pedacinhos de vós.
Momentos que a meu Mundo deram sentido
Pedacinhos que são as Saudades que tenho tido.
                                                                               Momentos meus feitos de pedacinhos de vós.

Monday, February 18, 2013

Les éternels


N’est-il pas aisé de voir tout en noir dans nos moments un peu plus sombres ? J’ai parfois, j’ai l’impression qu’on se plait à s’enliser dans nos sentiments moins heureux et que dans ces moments-là, rien n’y fait, tout ce que l’on dit, voit, ou vit n’est que masse sombre et uniforme, lasse et indéfinie. Mais je ne suis pas sure que ce soit si grave que ça… je pense simplement que cela signifie que notre vie est belle, si belle qu’on a besoin d’être légèrement  bousculé, que l’on craigne l’espace d’une seconde que tout n’était que mirage, pour que clignement d’yeux suivant, nous redécouvrions la valeur de tout ce que l’on a et de tout ce que l’on est. Et en fait, ce n’est pas si mal que ça !
Qu'on me donne l'obscurité puis la lumière
Qu'on me donne la faim la soif puis un festin
Qu'on m'enlève ce qui est vain et secondaire
Que Je retrouve le prix de la vie... enfin !

Qu'on me donne la peine pour que j'aime dormir
Qu'on me donne le froid pour que j'aime la flamme
Pour que j'aime ma terre qu'on me donne l'exil
Et qu'on m'enferme un an pour rêver à... des femmes !

On m'a trop donné bien avant l'envie
J'ai oublié les rêves et les merci
Toutes ces choses qui avaient un prix
Qui font l'envie de vivre et le désir
Et le plaisir aussi...
Qu’on me donne l'envie
L’envie d'avoir envie...
qu'on allume ma vie !

Qu'on me donne la haine pour que j'aime l'Amour
La solitude aussi pour que j'aime les gens
Pour que j'aime le silence qu'on me fasse des discours
Et toucher la misère pour respecter... l'argent !

Pour que j'aime être sain, vaincre la maladie
Qu'on me donne la nuit pour que j'aime le jour
Qu'on me donne le jour pour que j'aime la nuit
Pour que j'aime aujourd'hui oublier les... "Toujours" !

On m'a trop donné bien avant l'envie
J'ai oublié les rêves et les merci
Toutes ces choses qui avaient un prix
Qui font l'envie de vivre et le désir
Et le plaisir aussi...
qu'on me donne l'envie
L' envie d'avoir envie, qu'on... Rallume ma vie !

(J.J. Goldman)

Saturday, February 16, 2013

L'important c'est d'aimer

« S'aimer soi-même est le début d'une histoire d'amour qui durera toute une vie. ». Oscar Wilde