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Tuesday, April 15, 2014

non. non. non. politicomania in grocery store part II

Me revoilà à politiquer tout autour de moi.
Parfois je m’interroge : est-ce normal ? y a-t-il d’autres  bizarroïdes comme moi ?
A Dubai, je m’interrogeais sur les fruits et légumes et leur provenance (Cf. post de 2012: politicomania-in-grocery-store). Ici, à Singapour, je vois le Front National partout, boissons, produits laitiers,… je me demande bien quel ingénieux marketeer est l’auteur de ce chef d’œuvre !
Quant à moi, je dis NON au FN, NON au Front National, idéologie à 2 balles ou jus de fruit.
Je me rends bien compte que je « pousse le bouchon un peu loin (Maurice) » mais, je suis comme ça (et je ne le regrette pas ;).

Et pendant qu’on est à parler de marketing bien fait, je vous suggère un choco-suisse !





Thursday, April 10, 2014

way neater in Singapore!

Miracle Garden, Dubai, UAE, April 2013
When people ask me why I left Paris, I tell them I couldn't stand the grey color of almost everything anymore, from the sky to the ground, everything is grey, even buildings and (sorry guys) the folks' pouts - By the way, I also think, Paris' crowd isn't a very smily one, but hey, it's only my opinion. - 
And the rain! Man, the rain! Worse than Paris, maybe only London... yuck!
And then I moved to Portugal. Weather wise way better for sure (not only weather wise actually ;) ), There, I finally realized blue skies weren't myths and they do exist from time to time. That felt nice. Or so I thought until life took me to Paradise, Dubai, the land where it never rains! ok, it rains like a four or five days a year, but when it rains, man, it's like the world's coming to an end, roads are floaded and life just stops. They really need to start thinking about sewers. For some reason, those, almost three years I enjoyed an amazing life there, didn't teach me how to love it though, not as people, there, love it when it rains. I don't know. Maybe I didn't stay there long enough to actually miss the rain and be glad to feel it when it comes, but this doesn't change my heart: rain sucks! Period!
But, this is different. This is Singapore. We are just between the tropics, around 120 Kms from the equator, so rain is very much in the picture here, at least that's what I am expecting. I've only been here for a month and a half, so my experience is not yet bullet proof, and I only speak of what I know. And what I know is: rain became a fantastic experience! Oh yeah! This is a whole different thing here: when it rains, it's warm, still a 25+ degrees temp' and you are in flip flops. From now on, when it starts raining in Singapore, I just feel like "singing in the rain" and I smile.

And I think: maybe, for us to like something we think is not likeable, we just need to see it from another angle (or another latitude)


PS... And, small note, that wasn't the only reason for my leaving ;)

Friday, March 21, 2014

aventuras pelo mundo ou o que mulher sofre

Desde pequena que me adjectivei de cidadã do mundo, filha de imigrantes Portugueses em França, nunca bem nem uma coisa nem outra e que se criou a Comunidade Económica Europeia e mais tarde a União Europeia aí, comecei a designar-me de Europeia. Acho que foi por isso também que nunca gostei muito de rótulos e etiquetas. Jovem adulta fui para Portugal, instalar-me e fazer vida, mais tarde vivi uma experiência incrível de dois anos e meio no Dubai, e agora, estou a começar uma nova aventura em Singapura. Achei que poderia ser interessante descrever a minha experiência por cá, comparando-a com às minhas experiências anteriores de França, Portugal e Dubai e assim se calhar ter um verdadeiro retrato do que são verdadeiramente, as tais diferenças culturais, através das minhas vivências, através das vivências duma cidadã do mundo.
http://voilacacestfait.blogspirit.com/
archive/2008/07/02/epilation.html
Escolhi o dia de ontem, se bem que não foi escolhido aleatoriamente, é claro, para pôr à prova um dos primeiros passos da integração cultural, pelo menos para mim, a mais assustadora: a procura duma esteticista. Assim, este primeiro relato comparativo será da experiência duma cidadã do mundo, ou, a escolha de tortura da mulher de ocidente para oriente.
Primeiro passo, o momento.
Como referi, o momento de eleição para me submeter à tortura é facilmente definido: o mais tarde possível! Assim, nos primeiros dias que seguem a chegada ao pais, não penso muito nisso, todos os meus sentidos e toda eu maravilhados som um mundo novo, um mundo diferente: pessoas, paisagens, comidas, cheiros e cores. Mais tarde quando aparecem os primeiros pêlos, o pânico instaura-se e discretamente, começo a olhar para as mulheres com um olhar mais analítico. Não sei bem o que procuro identificar, se calhar marcas de sofrimento ou a falta delas; seguramente a falta delas, para me apaziguar a angustia que já imagino. Quando chega o dia em que “daqui já não passa”, lá vou eu, à procura dum carrasco.
O segundo passo, o carrasco.
Com tanto stress que crio, a procura do local da temida epilação torna-se muito importante, assim defini rapidamente uns elementos-chave: segurança e higiene. É que vamos lá ver, a maca duma esteticista é um sitio de total vulnerabilidade, em que confiamos na pessoa que nos atende, assim como nos seus instrumentos, para nos proteger com toda a delicadeza, sabedoria e profissionalismo possível, do inexorável avanço duma florestação simplesmente inaceitável; e mais uns quantos adjectivos que nem sequer valem a pena ser enunciados.
Este passo, quando somos adolescentes ou jovens adultas, não é assim muito difícil porque há sempre uma mãe, uma irmã ou uma amiga para nos recomendar a sua esteticista, que nos trata bem, não magoa, e respeita a nossa intimidade. E olhem meninas do mundo que, esta é uma recomendação muito valiosa! Nunca a desdenhem. Nunca.
Ora, tal, não acontece, quando metemos na cabeça que queremos ver o mundo e viver experiências extraordinárias, porque quando chegamos a esses destinos fabulosos, não temos, a mãe, a irmã, nem a amiga que nos dê essa preciosa recomendação; temos de confiar apenas na sorte, e a sorte, nem sempre aparece à hora marcada; mas entre a necessidade e a fé, lá fui eu, a procura da pérola. Dirijo-me sempre primeiro a um centro comercial, parece que dá uma espécie de aval, o facto de ser um sítio público, com muita passagem... e que, caso a coisa não corra pelo melhor, alguém, de passagem, ouvirá os meus pedidos de socorro. Está assim assegurada, tanto quanto possível, a parta da segurança, mas a parte da higiene, não é tão simplesmente avaliada.
O terceiro passo, o teste.
Acho que não existem segredos sobre como testar um serviço, eu opto por, inicialmente, pedir um serviço de baixo risco, algo simples e como tal, vamos arranjar as sobrancelhas. Primeira diferença cultural. Em França, fazem-se sobrancelhas, em Portugal, arranjam-se sobrancelhas, no Dubai e em Singapura, limpamos ou afeiçoamos as sobrancelhas. Mas isto tudo é semântica! O que interessa, é o serviço, que seja bem feito, bonitinho, limpinho e baratinho. Mas lá está! Quando se passam fronteiras, também muda a técnica: em França, é com cera, rápido, sem um sorriso, e uma factura bastante salgada. Em Portugal, ainda se consegue encontrar quem faça à pinça mas isso já é quase considerado artesanato porque demora mais tempo e que como todos sabemos: tempo é dinheiro; no entanto, é muito melhor, pois, a cera irrita a pele muito sensível nessa zona e tendencialmente, a pele perderá da sua tonicidade.
Quando cheguei ao Dubai, mandaram-me deitar na maca, até aí, nada de anormal. Eu habitualmente começo aí os meus exercícios de respiração para tentar relaxar ao máximo e conseguir superar a prova (Ok, isto não se aplica tanto aqui, quando se vai tratar das sobrancelhas, mas quando o serviço é mais complicado, então aí, sim.) Mas voltando... Lá estou eu, deitadinha na maca e vejo a senhora chegar ao pé de mim com um rolo de fio de costura na mão, segurando uma das pontas entre os lábios e dizendo-me entre dentes para “segurar o olho”. “Sorry, come again.” O quê que ela quer? Então a senhora, com pouca paciência e tal, sorri, pega nos meus dedinhos e posiciona-os na minha cara de forma a esticar a pele da zona que ela vai tratar e se calhar proteger o olho do ataque que se prepara. Esse método, é mais doloroso, é certo, mas também mais higiénico e se bem feito, até tem efeito mais duradouro; quanto ao custo, tendo em conta o custo elevadíssimo dos materiais e dos recursos, o preço é o dobro do que se pratica em Portugal, é claro, Dubai é Dubai.
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Mas o verdadeiro trauma surgiu a minha introdução ao método Singapurense, quando a senhora se chega a mim com uma lâmina de barbear. Isso! O choque! Hoje repenso nisso e até imagino um olhar maquiavélico na senhora, típico dos manga, olhos vermelhos e fumo a sair. Confirmo; um trauma. Na verdade, a lâmina era pequenina e até cor-de-rosa (faz-me parecer que as Singapurenses pensam que tudo fica melhor se for cor-de-rosa). O trabalho foi minucioso, sem dúvida. E ainda tenho os meus olhos, é verdade. Mas pareceu-me tão arcáico até bárbaro que entrei em choque e não consegui pensar em mais nada nas horas seguintes como se tivesse sido maltratada. No entanto, ficou bem feito e não senti dor física; mas não garanto da longevidade do resultado, como é óbvio, quanto ao preço, três vezes mais caro do que em Portugal.
Por último, a lição.
A experiência foi concluída com sucesso: as sobrancelhas foram feitas, arranjadas ou afeiçoadas. E conclui-se que a minha pesquisa da esteticista ideal em Singapura não acabou, mas também não estou admirada: tal como referi, encontrar uma esteticista com quem nos sentimos bem é importante, em França nunca encontrei nenhuma, em Portugal tive duas, no Dubai, demorou mas consegui, então Singapura continua a não me assustar porque ei de arranjar o carrasco certo!
Ainda sobre diferenças culturais, gosto de ter esta sorte de poder viver estas experiências à maneira duma local e verificar como se é mulher por esse mundo fora. Tenho o privilégio de conhecer mulheres do mundo, todas diferentes na sua língua, na sua crença, na sua postura, na sua profissão, mas toda igual, quando chega a hora de se aperaltar, porque por muito natural que seja a mulher, quando o momento é certo, haverá sempre uma flor no cabelo, uma cor nos lábios ou até um brilho nos olhos.

Thursday, August 8, 2013

Goo' Dubai :)

30.May.2013

And when finally all is packed and 5 minutes are left to sit down and look around, I realize that it’s over. Feeling happy and sad at the same time, I am turning this page, closing this book.

For two and a half years I was living a different life, in Dubai, I learnt so much, I experienced so many things that, from the bottom of my heart I say, Dubai was home to me.

Dubai, a city of contrasts, with so many people coming from so many different places with their own personal way of life, culture and Religion, a city that opened its doors to little me, a city that allowed me to be. And even if now I am leaving, I know that Dubai will always be a part of me and that the saudade I feel today is only good memories I will enjoy to remember always. 

Saturday, September 8, 2012

um mundo que existe?

Ela, muçulmana, vestida com a roupa tradicional dos Emirados Árabes Unidos, nos seus 40 anos, com uma expressão neutra diria quase vazia pintada no rosto. Ele, um pequenino de 6 anitos arrastado por ela, sua mãe, quase aos trambolhões mas sem muito preocupação, cambaleia por entre as pessoas, no meio da multidão. A mãe, na sua preocupação, ou será despreocupação, trá-lo a embater num estranho na sua descontracção. Sem sequer uma expressão de contrariedade, ela, pune o menino que a trava na sua caminhada de uma palmada assim sem jeito, e mesmo sem razão. O menino, que parece nem ter percebido o motivo de tal punição, corre prás pernas da mãe, a pedir desculpa... antes a pedir protecção, mas esta mãe não tem tempo, não tem compaixão, e rejeita o menino que cambaleia dois ou três passos para trás e durante o que me pareceu um minuto inteiro mas que não deve ter demorado mais que uns segundos, ele fica, ali, petrificado, atordoado o que se terá passado? E lança-se contra esta mãe com o punho esticado e aplica-lhe o castigo por tal rejeição. eu não sei, será castigo ou chamada de atenção, (ehhhh mãe, explica-me! o que foi? O que se passou?). nada... e mais um muro, sem força, sem jeito, sem maldade nem raiva, apenas um beicinho desenhado na boca deste menino ainda tão pequenino.
O episódio acabou assim para estas duas pessoas que não consigo qualificar de família, mas aqui estou eu, no meio das bancas de bananas e feijão-verde, boquiaberta, as lágrimas a rolarem-me pela face abaixo, chocada, e crio na minha imaginação uma vida que me conforta e assusta também; quero acreditar, que esta senhora sente-se presa num casamento não desejado, forçada a acatar com as tradições desta cultura e deste mundo que a criou e a obrigou a dar a vida à esta criança, esta criança, uma no meio de muitas mais com certeza; este menino desvalorizado, rejeitado e brutalizado, retirado de tudo o que idealizo, eu, que sonho num mundo que não sei se existe.

Friday, February 17, 2012

Um dia no Dubai

Todos os dias, quando saio do escritório e vou para casa, apanho a auto-estrada E311 – Emirates Road, a mais importante estrada dos Emirados Árabes Unidos e quase todos os dias vejo uma cena que me leva a pensar. Vejo carros, parados na berma da estrada ou na faixa de emergência. Para além de todas as considerações de segurança que nos ocorrem logo, deparamos com um episódio invulgar: senhores, muçulmanos, param o carro, saem dele com o seu tapete e virados para a Meca, rezam a Allah.
É um espectáculo realmente fantástico, até porque, da estrada que falo, a paisagem é quase anacrónica: a tradição, a reza e os costumes são respeitados com um pano de fundo extraordinário, a paisagem de prédios cada um mais alto que o anterior desta cidade gigantesca e cenário de todas as misturas que compõem o Dubai.

Vou já clarificar, que o facto de pararem no “meio” da estrada não é surpresa nenhuma até porque cá, regras de circulação e trânsito são quase virtuais, parece que só existem no livro. O facto, dum homem, sair do carro, assim a beira da estrada, também não me é estranha. Também na Europa isso acontece frequentemente. O que mais me surpreende é o motivo da paragem desses senhores.


Por ter vivido tanto em França como em Portugal, posso dizer que sim, já vi, dezenas de homens a encostarem o carro na faixa de emergência ou na berma da estrada nos meus 30 e poucos anos de vida, mas aí é que está, eles não paravam para rezar, eles param paravam satisfazer uma de duas possíveis (e urgentes – daí pararem na faixa de emergência) necessidades fisiológicas: o xixi ou a “menina”. Posso estar com pré-supostos/pré-conceitos errados, é bem possível, mas não creio estar muito longe da verdade. Aí é que me ponho a pensar, os senhores, cá no Dubai, também param para satisfazer uma necessidade urgente, mas essa é diferente, essa é espiritual.


Nos Emirados, como em todo o país muçulmano é, para além de ilegal, impensável, urinar na via pública a pena é de prisão efectiva, o que assustará muito; mas não penso que seja só a punição que assuste, mas acho que passará também pela força e presença dos costumes e das tradições.

Pode surpreender algumas pessoas, mas na maior parte dos países europeus é também ilegal urinar em público – digo isso porque, se acontece tão frequentemente, deve ser porque as pessoas não sabem… ou saberão? Penso que, na Europa, não se respeitará tanto essa interdição por não se perceber esse crime de forma tão violenta; mas sim, é crime também na Europa, faz parte dos crimes de atentados ao pudor; no entanto, e se calhar por a pena incorrida não ser também tão ‘grave’, a lei não me parece que seja muito respeitada.

A meu ver, este é um pequeno exemplo de diferenças culturais interessantes de salientar:


A urgência espiritual que justifica uma paragem súbita a beira duma auto-estrada de pelo menos 12 faixas de um povo VS a urgência fisiológica de outro povo


E este exemplo, e os pensamentos que daí decorrem, fazem com que a minha aventura no Dubai, seja rica e valiosa.


E cá entre nós, rapazes, amigos, irmãos, companheiros, pais… acreditem quando digo, nós, meninas, não vimos nada de sexy nisso de pararem a beira da estrada… e mais não digo!



A foto foi tirada num desses dias, a 120 Km/h e com telemóvel, a qualidade não é a melhor, mas passa um pouco a idéia..