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Friday, June 5, 2015

The red umbrella

A few days ago, I don't know what I was thinking - or obviously, not thinking - I made the rookie mistake of going out without my umbrella. 

Kid in the baby carrier, bib in the pocket, keys in one hand and phone in the other. I had everything! Except for the umbrella. But well, it was ok! After all, I was only supposed to be out for a few minutes and those clouds were so far away! Or were they?

I wasn't farther than 300 meters from home when it started raining. Not a light rain. The real deal! The real tropical, drops like cherries, rain!

At this moment, I just looked at my son and sadly "covered" him with my hands. Yes, my two huge 10 cm hands! And I started running back home. Run? Well! Have you ever tried running with your baby on your belly (thank you baby carrier), your tiny hands covering him as much as it is possible, shoes soaked and almost no visibility at all? Well, let's just say it's hell on earth!

And in all this darkness, I started believing again! We were saved by the xerox lady and her red umbrella! 

At only 50 meters from our condo, a lady stopped her car in the middle of traffic, got off and came to me with this brand new, still in the plastic bag, red xerox branded umbrella and quickly returned to her car never to be seen again.

At this point, it could have just been a shopping plastic bag that it would have meant everything, just because it made it possible for me to protect my child.

I am so thankful!

That day, just like that, I regained faith in mankind! Faith in the people of Singapore. Faith in the men and women of our world. And even faith in Xerox!

Thank you xerox lady, you made my day!

Friday, April 24, 2015

Mommy! I'm hungry!

I've been a mother for 8 wonderfully challenging weeks. Yes, that's right, happiness is not an easily achieved thing, especially when we are talking about motherhood and children. I was used to control my life and have had to accept chaos and still, in my heart, I am over-the-moon happy to be a mom.
I know I have still so much to live and learn as a parent (as a human being as well but one thing at a time) but I have already experienced sooooo much! 
I came across this picture and article on facebook, this precious source of information and it seems it's been a huge buzz. 
I'll admit it: I am still unexperienced in the matter, but for some reason I can totally relate to what's shown here. Could it be because when my-most-precious cries his lungs out, I could do anything just to bring him some peace? Yes. Could it be because even though I wish I could be there for him every second of the day, sometimes it is just not possible and it hurts that I have to accept that? Yes. Could it be because the moment I knew he was growing inside of me I knew I would do anything for him? Yes. And I am sure there are many more reasons that I am not aware of still.
This picture is not shocking at all to me, what about you? Are you shocked? 

Source: http://www.dailymail.co.uk/femail/article-3048548/Photo-mother-breastfeeding-daughter-home-sitting-toilet-goes-viral.html


Saturday, April 18, 2015

Casei!

Pois foi! Casei! Já foi há uns meses, um pouco mais de 6 meses até; altura de muitas emoções e muito há para contar, comentar,... Hoje, escolho uma tema um pouco controverso se calhar. Volta e meia, leio um artigo ou um post, oiço um comentário ou converso com alguém, e gosto de esclarecer uma coisa: não perdi coisíssima nenhuma!

Passo a explicar porque parece que nos dias de hoje, em que tanto se luta pela igualdade de direitos homens/mulheres, eu (e outras) ter adoptado o apelido do meu marido é comparado a um crime. Ok! Estou a exagerar um pouco, mas a verdade é essa, fala-se em perda de identidade, submissão, e até falta de inteligência. Uiiiiii 

Primeiro, quem me conhece até sabe que sou ligeiramente feminista, que não sou pessoa de esperar a ajuda de um homem para me "salvar" de alguma situação muito menos esperar que o meu marido me ajude a ganhar uma identidade. Até porque pelo que parece, tenho identidade própria e como que, bem vincada até. (dizem as más línguas). 

Segundo, submeter-me a tal da pressão social é algo completamente  incompatível com a minha personalidade. Claramente. E isso, já diziam de mim pequenita: que não me podiam obrigar a fazer nada que eu não quisesse fazer. Nunca fui seguidora nem submissa à outros nem a modas. Sempre gostei de fazer o meu caminho e ainda hoje,  quando vejo setinhas no metro de Singapura para que os utilizadores sigam como carneirinhos o caminho até às escadas, tenho o impulso de passar para o lado de lá da corrente humana.

Por fim, serei eu demasiado romântica ou inocente por ficar chocada com o facto dum dos motivos apresentados para a não adopção do apelido do marido ser evitar a burocracia necessária na eventualidade do divórcio?! Só me apetece perguntar: será que querem mesmo casar? Mesmo?

Eu sempre soube que iria querer o apelido do meu marido. Para mim, o Casamento representa a união duma família e não queria de forma alguma, ser a mãe (Sra. C.) que iria buscar o filho (Menino A.) à escola. Não fazia sentido para mim. Era completamente inconcebível para mim, ter um apelido diferente dos meus filhos. Eu queria fazer parte duma família unida e reconhecida nesta união. E hoje, esposa e mãe (ainda que recente), estou feliz por o ter feito.

Uns tempos depois do Casamento, uma das minhas amigas, a L., perguntou-me porque o tinha feito, porque tinha adoptado o apelido do meu marido, porque a tinha surpreendido que, independente que eu era (e continuo a ser), não tinha imaginado que fosse algo que eu pudesse querer. Expliquei à minha amiga, que mais importante que a minha independência, era a minha família, e que fossemos unidos. Penso que a deixei a pensar, se calhar até a repensar a decisão dela, uns anos antes, de não adquirir o apelido do marido. Somos todas e todos diferentes e também as nossas decisões de há uns anos poderão ser bem diferentes das que tomaríamos hoje, e não acho que seja um problema ou que esteja mal, avançamos cautelosamente (mas não em demasia) com integridade e com a informação disponível, e esperamos sempre que sejam as melhores decisões. (Um beijinho amiga L.)

O meu marido até ficou surpreendido quando lhe falei na minha intenção e até me pôs à vontade e disse-me que não tinha de o fazer, mas eu expliquei-lhe os meus motivos e no fim até ele pensou em adoptar o meu. Fiquei sensibilizada e até teria gostado; em toda a sinceridade, não imaginava que fosse assim tão simples, mas pronto, este artigo sempre serviu para alguma coisa: esclarecer sobre a lei, e quem sabe um dia, assim o faremos.

Agora, reitero, esta foi a minha escolha. Escolha que assumo, feliz, ainda hoje e espero por muitas décadas.  E a quem acha que perdi a minha identidade respondo: não perdi coisíssima nenhuma! Ganhei uma família!
E lamento se a minha decisão ofende mas lamento ainda mais, que pessoas minhas conhecidas concordem com o conteúdo deste artigo. O que me importa é que sou feliz, e espero que o sejam também. 



Fonte: Jornal Público, edição de 18.11.2014, autor Claudia Bancaleiro

http://lifestyle.publico.pt/artigos/341672_identidade-submissao-ou-amor-o-que-significa-adoptar-o-apelido-do-marido/1


Saturday, April 5, 2014

A brain tale

No secret. No big break through. Only facts.

Fact one: The Human brain is hemispherical with each part having different function, one side acting more on the emotional aspect of things and the other one on the rational aspects.

Fact two: Men and women are different, and women tend to react more with the emotions and men, more with their reasoning.

[Reasoning, not reason, ok?! you know what they say: *** ]

Yes, we are passionate about what we do, about life in general, about our people, so yes, we value our feelings.

But this is not what I want to discuss and share today.

Today is all about fun and a video I found on the internet, I hope you'll enjoy it just as much as I did. 






Friday, March 21, 2014

aventuras pelo mundo ou o que mulher sofre

Desde pequena que me adjectivei de cidadã do mundo, filha de imigrantes Portugueses em França, nunca bem nem uma coisa nem outra e que se criou a Comunidade Económica Europeia e mais tarde a União Europeia aí, comecei a designar-me de Europeia. Acho que foi por isso também que nunca gostei muito de rótulos e etiquetas. Jovem adulta fui para Portugal, instalar-me e fazer vida, mais tarde vivi uma experiência incrível de dois anos e meio no Dubai, e agora, estou a começar uma nova aventura em Singapura. Achei que poderia ser interessante descrever a minha experiência por cá, comparando-a com às minhas experiências anteriores de França, Portugal e Dubai e assim se calhar ter um verdadeiro retrato do que são verdadeiramente, as tais diferenças culturais, através das minhas vivências, através das vivências duma cidadã do mundo.
http://voilacacestfait.blogspirit.com/
archive/2008/07/02/epilation.html
Escolhi o dia de ontem, se bem que não foi escolhido aleatoriamente, é claro, para pôr à prova um dos primeiros passos da integração cultural, pelo menos para mim, a mais assustadora: a procura duma esteticista. Assim, este primeiro relato comparativo será da experiência duma cidadã do mundo, ou, a escolha de tortura da mulher de ocidente para oriente.
Primeiro passo, o momento.
Como referi, o momento de eleição para me submeter à tortura é facilmente definido: o mais tarde possível! Assim, nos primeiros dias que seguem a chegada ao pais, não penso muito nisso, todos os meus sentidos e toda eu maravilhados som um mundo novo, um mundo diferente: pessoas, paisagens, comidas, cheiros e cores. Mais tarde quando aparecem os primeiros pêlos, o pânico instaura-se e discretamente, começo a olhar para as mulheres com um olhar mais analítico. Não sei bem o que procuro identificar, se calhar marcas de sofrimento ou a falta delas; seguramente a falta delas, para me apaziguar a angustia que já imagino. Quando chega o dia em que “daqui já não passa”, lá vou eu, à procura dum carrasco.
O segundo passo, o carrasco.
Com tanto stress que crio, a procura do local da temida epilação torna-se muito importante, assim defini rapidamente uns elementos-chave: segurança e higiene. É que vamos lá ver, a maca duma esteticista é um sitio de total vulnerabilidade, em que confiamos na pessoa que nos atende, assim como nos seus instrumentos, para nos proteger com toda a delicadeza, sabedoria e profissionalismo possível, do inexorável avanço duma florestação simplesmente inaceitável; e mais uns quantos adjectivos que nem sequer valem a pena ser enunciados.
Este passo, quando somos adolescentes ou jovens adultas, não é assim muito difícil porque há sempre uma mãe, uma irmã ou uma amiga para nos recomendar a sua esteticista, que nos trata bem, não magoa, e respeita a nossa intimidade. E olhem meninas do mundo que, esta é uma recomendação muito valiosa! Nunca a desdenhem. Nunca.
Ora, tal, não acontece, quando metemos na cabeça que queremos ver o mundo e viver experiências extraordinárias, porque quando chegamos a esses destinos fabulosos, não temos, a mãe, a irmã, nem a amiga que nos dê essa preciosa recomendação; temos de confiar apenas na sorte, e a sorte, nem sempre aparece à hora marcada; mas entre a necessidade e a fé, lá fui eu, a procura da pérola. Dirijo-me sempre primeiro a um centro comercial, parece que dá uma espécie de aval, o facto de ser um sítio público, com muita passagem... e que, caso a coisa não corra pelo melhor, alguém, de passagem, ouvirá os meus pedidos de socorro. Está assim assegurada, tanto quanto possível, a parta da segurança, mas a parte da higiene, não é tão simplesmente avaliada.
O terceiro passo, o teste.
Acho que não existem segredos sobre como testar um serviço, eu opto por, inicialmente, pedir um serviço de baixo risco, algo simples e como tal, vamos arranjar as sobrancelhas. Primeira diferença cultural. Em França, fazem-se sobrancelhas, em Portugal, arranjam-se sobrancelhas, no Dubai e em Singapura, limpamos ou afeiçoamos as sobrancelhas. Mas isto tudo é semântica! O que interessa, é o serviço, que seja bem feito, bonitinho, limpinho e baratinho. Mas lá está! Quando se passam fronteiras, também muda a técnica: em França, é com cera, rápido, sem um sorriso, e uma factura bastante salgada. Em Portugal, ainda se consegue encontrar quem faça à pinça mas isso já é quase considerado artesanato porque demora mais tempo e que como todos sabemos: tempo é dinheiro; no entanto, é muito melhor, pois, a cera irrita a pele muito sensível nessa zona e tendencialmente, a pele perderá da sua tonicidade.
Quando cheguei ao Dubai, mandaram-me deitar na maca, até aí, nada de anormal. Eu habitualmente começo aí os meus exercícios de respiração para tentar relaxar ao máximo e conseguir superar a prova (Ok, isto não se aplica tanto aqui, quando se vai tratar das sobrancelhas, mas quando o serviço é mais complicado, então aí, sim.) Mas voltando... Lá estou eu, deitadinha na maca e vejo a senhora chegar ao pé de mim com um rolo de fio de costura na mão, segurando uma das pontas entre os lábios e dizendo-me entre dentes para “segurar o olho”. “Sorry, come again.” O quê que ela quer? Então a senhora, com pouca paciência e tal, sorri, pega nos meus dedinhos e posiciona-os na minha cara de forma a esticar a pele da zona que ela vai tratar e se calhar proteger o olho do ataque que se prepara. Esse método, é mais doloroso, é certo, mas também mais higiénico e se bem feito, até tem efeito mais duradouro; quanto ao custo, tendo em conta o custo elevadíssimo dos materiais e dos recursos, o preço é o dobro do que se pratica em Portugal, é claro, Dubai é Dubai.
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Mas o verdadeiro trauma surgiu a minha introdução ao método Singapurense, quando a senhora se chega a mim com uma lâmina de barbear. Isso! O choque! Hoje repenso nisso e até imagino um olhar maquiavélico na senhora, típico dos manga, olhos vermelhos e fumo a sair. Confirmo; um trauma. Na verdade, a lâmina era pequenina e até cor-de-rosa (faz-me parecer que as Singapurenses pensam que tudo fica melhor se for cor-de-rosa). O trabalho foi minucioso, sem dúvida. E ainda tenho os meus olhos, é verdade. Mas pareceu-me tão arcáico até bárbaro que entrei em choque e não consegui pensar em mais nada nas horas seguintes como se tivesse sido maltratada. No entanto, ficou bem feito e não senti dor física; mas não garanto da longevidade do resultado, como é óbvio, quanto ao preço, três vezes mais caro do que em Portugal.
Por último, a lição.
A experiência foi concluída com sucesso: as sobrancelhas foram feitas, arranjadas ou afeiçoadas. E conclui-se que a minha pesquisa da esteticista ideal em Singapura não acabou, mas também não estou admirada: tal como referi, encontrar uma esteticista com quem nos sentimos bem é importante, em França nunca encontrei nenhuma, em Portugal tive duas, no Dubai, demorou mas consegui, então Singapura continua a não me assustar porque ei de arranjar o carrasco certo!
Ainda sobre diferenças culturais, gosto de ter esta sorte de poder viver estas experiências à maneira duma local e verificar como se é mulher por esse mundo fora. Tenho o privilégio de conhecer mulheres do mundo, todas diferentes na sua língua, na sua crença, na sua postura, na sua profissão, mas toda igual, quando chega a hora de se aperaltar, porque por muito natural que seja a mulher, quando o momento é certo, haverá sempre uma flor no cabelo, uma cor nos lábios ou até um brilho nos olhos.